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Inflação: Brasil tem menor prévia desde junho de 2020

Pela primeira vez desde junho de 2020, Brasil apresenta uma previsão da inflação reduzida. Confira aqui as ánalises feitas por especialistas e expetativas.

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Pela quarta semana consecutiva, os mercados financeiros esperam que a inflação caia este ano. Para o ano que vem, a projeção do IPCA tem alta por 16 semanas consecutivas. Há quatro semanas, a previsão era de alta de 4,91%. Na semana passada, a previsão era maior em 5,2%, e nesta semana o percentual foi ainda maior, com anúncios projetando o índice para fechar em 5,3% em 2023.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a projeção oficial de inflação para julho é de 0,13%. A relação é menor do que em junho deste ano (0,69%) e julho de 2021 (0,72%). O grupo de restaurantes foi o mais afetado pela prévia da inflação de julho, com os preços subindo 1,16% no período, ante 0,25% na prévia de junho.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que essa foi a menor taxa mensal (0,02%) para o IPCA-15 desde junho de 2020; uma boa notícia para o povo brasileiro, que estava sentindo a inflação pesar no bolso a cada ida ao mercado. O indicador acumula inflação de 5,79% em um ano e 11,39% em 12 meses.

Deflação: onde vem essa variação de valores?

A pesquisa especificou que os gastos com transporte foram os que mais contribuíram para atenuar os presságios inflacionários em julho. Eles experimentaram uma deflação de 1,08% (queda de preço) nesse período. Na prévia de junho, a inflação do grupo foi de 0,84%. Os resultados foram afetados pelos menores preços dos combustíveis (-4,88%), principalmente gasolina (-5,01%) e etanol (-8,16%). 

Enquanto isso, os preços das passagens aéreas aumentaram 8,13%. As variações de preços para outros grupos de gastos foram as seguintes: Vestuário (1,39%), Despesas Pessoais (0,79%), Saúde e higiene pessoal (0,71%), Bens Domésticos (0,39%), Educação (0,07%), Comunicações (-0,05 %) e habitação (-0,78%). Desse modo, o cenário do IPCA oficial do Brasil segue uma trajetória de arrefecimento nas últimas semanas. 

A previsão para a taxa básica do país, a Selic, ficou estável em 13,75% pela quinta semana consecutiva até o final do ano, com a projeção para 2023 permanecendo em 10,75%. Há um mês, os percentuais eram de 13,75% e 10,25%, respectivamente. A Selic deve permanecer em patamares contraídos por mais tempo do que as projeções de mercado, com meta de inflação convergindo em torno da meta em 2023.

Quais são as projeções futuras?

Ainda sob influência das medidas fiscais de redução de preços de combustíveis e energia – com a redução do ICMS – a projeção do IPCA para 2022 caiu pela quarta semana consecutiva, de 7,54% para 7,30%. Já 2023 subiu pela 16ª semana consecutiva, passando de 5,20% para 5,30%.

No Copom do mês passado, o BC atualizou sua projeção de inflação, projetando 8,8% em 2022, 4,0% em 2023 e 2,7% em 2024. A previsão para 2025 permanece em 3,00%, o mesmo percentual de 54 semanas atrás. A meta para 2024 e 2025 é de 3,00%, com margem de lucro de 1,5 ponto percentual (de 1,5% a 4,5%). 

No Comitê de Política Monetária (Copom), em junho, o Banco Central (BC) disse que sua meta para o próximo ano ficou mais próxima do centro da meta do que a projeção atual (4,0%). Os anúncios de foco também mostram sinais de desancoragem mais ampla, com a mediana de 2024 acima do centro da meta. 

PIB

A previsão mediana de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 continua em alta, seguindo dados de atividade econômica e o PEC dos Vantagens. As previsões para indicadores que medem a relação entre a dívida líquida do setor público e o produto interno bruto em 2022 mudaram. A mediana caiu de 59,23% para 59,00%, o mesmo percentual de um mês atrás.

A meta de 2022 é de 3,50% com tolerância máxima de 5,00%, enquanto a meta de 2023 é de 3,25% com limite superior de 4,75%. Entretanto, o esperado para 2022 e 2023 continua indicando que as metas de inflação não foram cumpridas, com a projeção caindo novamente este ano devido a medidas governamentais, enquanto a projeção para 2023, que é o foco da política monetária, continua caindo a passos largos.

Em resumo, o saldo base reflete o equilíbrio entre a receita e o gasto do governo antes do pagamento de juros da dívida pública. Os resultados nominais refletem o saldo após dedução das despesas de juros. Na comparação com 2023, relação dívida líquida/PIB cai de 62,00% há um mês para 63,50% para 63,60%.

Dólar

Na sexta-feira (29), o dólar subiu 0,21% no dia do reajuste para 5,172 reais. A moeda se beneficiou do Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de junho, uma medida de inflação dos EUA, que foi um pouco melhor do que o esperado, com ganho de 6,8% em 12 meses, ajudando a apostar que o Fed ainda pode ter um ciclo inflacionário mais agressivo . aumento da taxa.

Um aumento nas previsões para o dólar americano também foi observado nos próximos anos. Há uma semana, o câmbio em 2023 era de R$ 5,10, subindo para R$ 5,20, segundo o estudo. Para a previsão de 2024, o dólar deve custar cerca de R$ 5,10 no final do ano, ante 5,05 reais há uma semana e 5,08 reais há quatro semanas.

De acordo com o anúncio, a previsão para 2025 também aumentou um pouco, de R$ 5,14 há uma semana e depois para R$ 5,15. O ponto positivo negativo foi que as ações da Vale caíram mais de 2,5%, e seu balanço do trimestre não foi bem recebido pelo mercado. A empresa também recuou após a paralisação da produção de minério de ferro da China, sinalizando a continuidade da política Covid Zero.

Conclusão: A espera de melhorias

Como vimos, diversos fatores vem influenciando na inflação no Brasil. Após bater diversos recordes e o mercado passar por quase um colapso de preços, é esperado que essa situação mude. Com as recentes pequenas quedas, é possível que toda situação volte a se estabilizar até 2023. Por enquanto, fica o ponto positivo para essas pequenas quedas e as projeções de que isso continue acontecendo.