A exploração espacial segue a todo vapor pelas grandes nações, com destaque para a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) a agência espacial norte-americana. São investido bilhões de dólares ano após ano para conseguir cada vez mais conhecer o nosso universo e tudo que nos cerca. E agora essa jornada  ganhou um novo ponto importante com uma nova descoberta.

A agência espacial informou a descoberta de lugares sombreados dentro de poços na Lua que segundo ela  “sempre pairam em torno de confortáveis 17ºC“. A revelação foi realizada por um grupo de cientistas financiados pela NASA, e que fez uso de dados da sonda espacial Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO, ou Orbitador de Reconhecimento Lunar, em português), que foi lançada em 2009 para fazer a exploração da Lua.

Benefícios para as próximas missões da NASA

Assim, nesses poços não existem variações de temperaturas muito altas ou baixas, como é na maior da Lua. Por exemplo, algumas temperaturas do nosso satélite natural chegam aos 127ºC durante o dia e na parte da noite tem quedas bruscas, para algo em torno de -170ºC, o que acaba por dificultar possíveis explorações por humanos.

Assim, graças às temperaturas agradáveis para humanos, esses poços estão sendo estudados agora para ajudar a agência espacial nas próximas missões na Lua.  Pois, de acordo com a própria Nasa, esses poços e cavernas podem ser úteis ​​para ajudar a explorar a lunar, isso graças as regiões serem termicamente estáveis.

Os dois maiores poços encontrados até aqui tem saliências visíveis que claramente levam para cavernas ou ao vazio, o que deve ser confirmado em breve por meio de novas explorações dos locais. Por fim, ainda segundo a Nasa, os poços e as cavernas têm ainda mais benefícios. Isso graças ao fato de que eles podem trazer proteções contra raios cósmicos, radiação solar e até de micrometeoritos. 

O retorno à Lua acontece ainda em 2022

Por meio da missão espacial não tripulada para retornar à Lua, o Artemis I, da NASA, vai ser lançado no final de agosto de 2022 e é considerado muito importante. Isso porque se tudo correr bem com as missões da Artemis, até 2025 a agência pretende voltar a mandar uma missão tripulada por humanos para a Lua. Inclusive, para reafirmar a animação com a descoberta e o segmento dos estudos sobre as cavernas, a agência publicou uma mensagem em uma rede social.

Nela, ela questionava “poderiam essas regiões encontradas na Lua se tornar futuros habitats para astronautas?”. É fato de que a recente descoberta ainda pode levar algum tempo até ser considerada segura para exploração e “recepção” de ser humanos em novas missões. Entretanto, é um fato de que é algo bastante promissor e que com toda certeza vai ser estudado ao máximo, para que o quanto antes, essas temperaturas agradáveis e possíveis proteções, possam ser aproveitadas por humanos.

A corrida lunar em foco

A missão Artemis da NASA não é a única que vai ser enviada para a Lua em 2022. Diversos outros países estão enviando missões para o satélite da Terra este ano, como é o caso de Japão, Índia, Rússia, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos. Mostrando o quanto a Lua vem estando cada vez mais em foco para exploração e busca por respostas.

O ponto em comum entre essas missões espaciais fica o fato de que todas vão ser feitas por voos não tripulados. Além disso, a maioria delas estão focadas em preparar o terreno para missões mais avançadas, que devem contar com presença humana na superfície da Lua ainda nos próximos dez anos. Ou seja, o foco é encontrar formas mais sustentáveis e seguras para a chegada das próximas viagens.

Mas esse não é o objetivo final. Na verdade, ele é uma importante etapa para um projeto muito maior, a exploração de Marte. Para isso, essas missões iniciais que estão em busca de formas mais sustentáveis de receber seres humanos nos próximos anos, tem por objetivo a criação no futuro de uma estação, ou até estações lunares.

De acordo com Zoë Leinhardt, astrofísica da Universidade de Bristol, no Reino Unido, acredita que 2022 marca o início de uma nova corrida espacial entre as nações. Embora algumas missões tenham objetivos mais simples, outras como vimos tem aspirações muito maiores. Por isso, deve ser comum ver essas missões para a Lua crescendo nos próximos anos.

A Artemis I e os seus grandes objetivos

A Nasa por meio do projeto da Artemis também busca instalar o que chama de “Getway”, uma espécie de posto avançado multifuncional orbitando a Lua, com objetivo de oferecer um importante suporte em longo prazo para o retorno de astronautas da superfície da lunar. Além disso, se todo projeto acontecer como programado, em 2025, a Artemis-3 deve ser a primeira nave tripulada a fazer pouso na Lua, isso desde a missão Apollo 17 em 1972.

Além disso, a missão também está prevista para ter a bordo a primeira mulher astronauta e também a primeira pessoa negra a pisar na Lua. Assim, em meio a busca por respostas e avanço no espaço, a humanidade inicia uma nova fase de exploração. Essas devem ir cada vez mais longe e ter objetivos cada vez maiores, como colonização de Marte e a busca por planetas habitáveis para um futuro em que a Terra possa passar por um colapso. E pelo que tudo parece, a Lua pode ser uma peça importante dessa jornada.